A Petrobras anunciou na quarta-feira (22) que o preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras passará de R$ 4,02 para R$ 3,84, uma redução de R$ 0,18 por litro ou 4,48%. A medida vale a partir de quinta-feira (23).
Segundo a estatal, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será de, em média, R$ 3,45 a cada litro vendido na bomba.
“Essa redução tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da Petrobras frente às principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino”, disse a empresa em nota.
“A companhia destaca que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, concluiu.
No último dia 1º, a Petrobras havia reduzido o preço do diesel para as distribuidoras de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, uma queda de 1,9%.
A empresa japonesa AGRIST, em colaboração com os agricultores da cidade de Shintomi, desenvolveu um robô de colheita automática de pimentões, chamado simplesmente de L. O autômato pesa 16 kg e se move usando um cabo que fica instalado dentro da estufa.
Essa solução de locomoção já elimina a necessidade de um trilho no solo e permite uma construção simplificada e uma operação mais prática, já que o robô consegue passar facilmente por obstáculos como lama ou folhas caídas.
Além de cortar pimentões com alta precisão e velocidade, o L possui tecnologia de inteligência artificial, que coleta e acumula dados de imagem de pimentões em várias fases de amadurecimento. Assim, futuramente a AGRIST também poderá usar a tecnologia para fornecer serviços que analisem os dados das plantações, avisem sobre doenças e prevejam o rendimento.
O ministro dos transportes, Renan Filho, anunciou uma previsão de investimentos na ordem de R$ 1,7 bilhão, no chamado Plano de 100 Dias, que prevê a revitalização, retomada e intensificação de obras rodoviárias e ferroviárias ainda neste ano.
Um dos compromissos é realizar obras em 12 das principais rodovias do país: BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG, BR-, 447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS. Também estão previstas a construção e a revitalização de 72 pontes e viadutos. A ideia é entregar 861 quilômetros de rodovias construídas, revitalizadas e sinalizadas até abril de 2023.
As obras contempladas levam em consideração demandas feitas pela Confederação Nacional do Transporte – CNT e seguem o diagnóstico realizado pela Pesquisa CNT de Rodovias. Em sua 25ª edição, o estudo avaliou 110.333 quilômetros de rodovias, dos quais 66% foram classificados como Regular, Ruim ou Péssimo.
A piora do estado geral da malha é considerada um dos reflexos do baixo investimento público em infraestrutura de transporte – situação que o Governo Federal pretende reverter. “Nossa meta é interromper a involução do setor dos últimos quatro anos. Estamos abertos a aprimorar nossos procedimentos para atrair mais investimentos privados, somando esforços com os recursos públicos”, afirmou o ministro.
Além das obras em rodovias e ferrovias, o plano elenca outros quatro eixos de ações prioritárias. São eles: prevenção de acidentes e redução de mortes nas rodovias federais; medidas para escoamento da safra recorde de grãos; pronto atendimento para emergências em razão do período de chuvas; e ações de fortalecimento para atração de investimento privado.
A pergunta é propositalmente misógina. Isso nem deveria estar em discussão, mas é justamente por haver ainda uma enorme lacuna de participação feminina no segmento que o tema sempre ganha repercussão no mês de março, normalmente dedicado às mulheres.
Notadamente o percentual de mulheres ao volante de caminhões de todos os portes e vans de entrega é em geral bem reduzido, numa profissão normalmente associada ao público masculino. Mas tudo isso não passa de mero preconceito: inúmeros são os casos de mulheres motoristas que se provaram plenamente capazes de dar conta dos rigores do ofício no TRC, superando preconceitos que as relegam a funções fixas, uma herança que, apesar das iniciativas em contrário, ainda insiste em se manter em nossa sociedade.
Um exemplo é o Movimento A Voz Delas, criado pela Mercedes-Benz com foco nas necessidades das caminhoneiras e esposas dos caminhoneiros de todo o Brasil. “Queremos conscientizar a sociedade da importância destas mulheres no transporte e buscar parcerias para tornar este movimento ainda maior. O Movimento A Voz Delas nasceu justamente com o propósito de ouvir as histórias de mulheres que trabalham nas estradas, visando encontrar maneiras de transformar suas realidades. Afinal, quem faz o transporte de cargas acontecer, merece receber atenção e encontrar mais segurança, respeito, dignidade e melhores condições no seu percurso”, ressalta Ebru Semizer, gerente sênior de Marketing Comunicação & Inteligência de Mercado Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “E para que esse grito seja cada vez mais alto, precisamos que mais pessoas e mais parceiros juntem-se a nós”.
De acordo com a executiva, infelizmente a infraestrutura das estradas brasileiras e também o preconceito são obstáculos que as caminhoneiras ainda enfrentam, o que se repete em outras profissões. “Mas quando atuamos juntas e por uma causa que traz mudanças positivas, os resultados podem até demorar, mas vão aparecer e mostrar a importância de acreditar na força feminina no mercado de trabalho”.
Outras iniciativas
Existem ainda outras iniciativas que seguem neste sentido, como o Movimento Vez&Voz – Mulheres no TRC, criado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) em 2020, para valorizar as mulheres que trabalham no setor de transporte rodoviário de cargas, fomentar o crescimento profissional delas dentro do próprio segmento e atrair novos talentos para o TRC.
Além disso, tem como um dos objetivos criar uma rede de apoio e incentivo para discutir outros assuntos que permeiam os diversos universos femininos, como: auto-conhecimento, relacionamento, maternidade, saúde, beleza e todos os desafios que são inerentes às mulheres.
Um caminho ainda a percorrer
Quando pensamos em funções administrativas, de gestão ou comerciais, a participação feminina é mais perceptível: de acordo com a última pesquisa divulgada pelo Instituto Paulista do Transporte (IPTC), órgão de pesquisa parceiro do Setcesp, em 2021, houve um crescimento de 61% do público feminino no setor, em que pese a participação em diversas funções, inclusive administrativas e não necessariamente na condução de um caminhão.
O IPTC, que é órgão de pesquisa parceiro do Setcesp, mostrou que em 2021 aconteceram em São Paulo 32.094 contratações femininas para cargos no setor de transporte. O crescimento é 61% superior a 2020, especialmente nas áreas administrativa e comercial, com representatividade feminina de 52% e 56% sobre a masculina, respectivamente. Já no setor operacional foram registradas 13.741 contratações femininas e 125 mil masculinas.
Porém, observe que, desde de 2015, o projeto do Sest Senat de Habilitação Profissional para o Transporte – Inserção de Novos Motoristas registrou a participação de 2.311 mulheres, ou seja, algo como 385 novas motoristas-ano. Isso é quase nada se pensarmos num universo de mais de 2,7 milhões de veículos ativos no TRC brasileiro, entre caminhões de todos os portes e vans de entrega. Ou seja, ainda há um longo caminho a percorrer.
É sabido que cresce o interesse feminino no setor de transporte rodoviário, embora o número de mulheres habilitadas com CNH para dirigir caminhão ainda seja muito, muito baixo em relação aos homens. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), com dados de janeiro de 2022 do Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach) foram registradas 4,39 milhões de CNHs para veículos pesados (caminhões e carretas), das quais 97,19% são para motoristas homens e apenas 2,81% para motoristas mulheres.
É uma oportunidade pouco explorada pois a maior parte das mulheres que opta pela profissão de caminhoneira é extremamente dedicada e comprometida com o trabalho, o que se traduz em uma maior produtividade e qualidade nos serviços prestados.
Outra vantagem é que a contratação de mulheres como caminhoneiras pode ajudar a melhorar a imagem da empresa perante a sociedade. Como sabemos, a igualdade de gênero é uma questão muito importante nos dias de hoje, e empresas que demonstram comprometimento com a diversidade e a inclusão têm muito mais chances de se destacar no mercado e atrair uma clientela mais consciente e engajada.
Além disso, a presença de mulheres no setor de transporte pode contribuir para a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso. Isso porque, muitas vezes, a presença feminina ajuda a diminuir o machismo e os comportamentos agressivos que infelizmente ainda são comuns em algumas empresas de transporte.
E a contratação de mulheres como caminhoneiras pode trazer benefícios financeiros para as empresas. Isso porque a diversidade no ambiente de trabalho pode ajudar a aumentar a criatividade e a inovação, gerando soluções mais eficientes e rentáveis.
Espaço para as mulheres, existe. As barreiras também. Cabe às empresas revisar sua administração para estimular cada vez mais a participação das mulheres e tornar o espaço mais igualitário, com políticas de RH que acolham mulheres que não possuem experiência e elaborar uma jornada de treinamento, capacitação e qualificação constante. E isso, além de ser uma iniciativa que considera o princípio da equidade, faz todo o sentido para ajudar a dar conta da carência de bons profissionais que com frequência afeta o setor.
A estimativa faz parte do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, da Confederação Nacional do Transporte e o custo total estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais em 2022 foi de R$ 12,92 bilhões. O valor é praticamente 100% maior do que todo o investimento público federal aplicado no ano passado na malha pública federal (R$ 6,51 bilhões) e representa um aumento de quase R$ 800 milhões em relação a 2021. Os dados fazem parte do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários. Clique AQUI para baixar a versão completa com todo o detalhamento do estudo.
O ranking de custos de 2022 por estado é liderado por Minas Gerais (R$ 1,69 bilhão), que tem a maior malha rodoviária do país. Na sequência, estão Paraná e Santa Catarina, com R$ 1,41 bilhão e R$ 1,32 bilhão, respectivamente.
O total de registros de acidentes nas rodovias federais em 2022 foi de 64.447, sendo que 52.948 deles acabaram com vítimas (mortos ou feridos). O período de Carnaval foi o campeão de sinistros nas rodovias federais em 2022. De acordo com a análise da CNT, da sexta-feira de folia à Quarta-Feira de Cinzas do ano passado foram registrados 1.160 acidentes. Em segundo e terceiro lugares estão os feriados de Proclamação da República e Corpus Christi, cujo total de acidentes foi de 1.079 e 901, respectivamente. Para ambos também foi considerado o intervalo quantitativo de cinco dias de feriado.
Dias mais críticos
Os acidentes e mortes acontecem com maior frequência no fim de semana, de sexta-feira a domingo, perfazendo os dias mais críticos para sinistros. Somados, os três dias representam quase metade dos registros (48%) e pouco mais da metade do número de mortes (53,7%). Dentre as pessoas envolvidas, prevalecem aquelas acima de 45 anos de idade (28%), sendo que o sexo masculino corresponde a 70% dos envolvidos e 81% do número de óbitos.
Automóveis lideram a lista de veículos implicados em acidentes e mortes, tendo a colisão (60%) como o tipo mais frequente. Metade das ocorrências são em pistas simples, associadas ao intervalo de tempo de pleno dia — ou seja, entre o amanhecer e o anoitecer. As reações tardia, ineficiente ou a ausência de reação por parte do condutor são indicados como os fatores predominantes na causa de acidentes com vítimas. Juntos, representam 25% desses eventos.
O cálculo da estimativa de custo de acidentes é realizado, exclusivamente, pela CNT e leva em conta despesas diretas e indiretas, como gastos associados a atendimento hospitalar, previdenciário e perda de produção. Os parâmetros elaborados pela CNT têm por base dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e incluem também danos materiais, sinistros de cargas, processos judiciais, deslocamentos e mobilização policial, além de impactos ambientais.
O Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários reúne dados de sinistros de 2007 a 2022 e visa chamar a atenção do transportador para o cenário nacional. Ao saber quais são as rodovias nas quais ocorre o maior número de acidentes e mortes e os tipos mais frequentes, os usuários podem se programar melhor para adotar medidas preventivas de segurança.
Na ferramenta é possível fazer pesquisas e recortes — nacional e por estado — que permitem conhecer a realidade de acidentes nas rodovias federais brasileiras. A estratificação das informações é realizada pela CNT, a partir dos registros da Polícia Rodoviária Federal.
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Esta Política foi atualizada pela última vez em 11 de agosto de 2020
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