por Alex Barbosa | jun 15, 2021 | Embarcador, Logística, Transportadora
O índice ABCR de maio de 2021 apresentou crescimento de 14,4% se comparado com o mês de abril, considerando os dados dessazonalizados.
O fluxo de veículos leves avançou 19,6%, enquanto o de pesados cresceu 3,4%. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) juntamente com a Tendências Consultoria Integrada.
Comparado ao mesmo período do ano de 2020, o índice total avançou 43,1%. O fluxo pedagiado de veículos leves aumentou 53,0%, enquanto o fluxo de pesados evoluiu 23,5%.
Nos últimos doze meses, o índice total ainda acumula queda de 2,5%, fruto de um avanço de 6,9% dos veículos pesados, mas uma redução de 5,7% dos veículos leves.
“Os números referentes ao mês de maio demonstram a recuperação do fluxo de veículos, diante da flexibilização de medidas de isolamento social em quase todo o país. Nesse contexto, é possível observar aumento na movimentação de todos os segmentos, especialmente no fluxo de leves, que apresentou avanço significativo em todas as regiões presentes na pesquisa”, afirma a analista da Tendências Consultoria, Andressa Guerrero.
“Pela comparação anual, os dados continuam revelando os danos ocasionados pela primeira onda do SARS-CoV-2 no Brasil. Apesar das limitações da atual flexibilização de medidas, as políticas de lockdown adotadas no ano passado foram muito mais nocivas à mobilidade”, conclui.
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por Alex Barbosa | jun 3, 2021 | Embarcador, Logística, Notícias, Transportador Autônomo, Transportadora
Olhando o escoamento de grãos como soja e milho para exportação na última década, vemos uma relativa estabilidade na maioria dos portos do Brasil, com ligeira queda, na região Sul e Sudeste, nos portos de Paranaguá e Rio Grande, nos últimos dois anos.
Mas é nos portos da Região Norte do País que está a grande mudança, com um crescimento extraordinário no escoamento da produção, com aumento de 487,5% em relação a 2009, de acordo com um estudo divulgado pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), totalizando 42,3 milhões de toneladas de soja e milho exportadas em 2020 pelos chamados portos do Arco Norte.
Entre 2009 e 2020, a produção de grãos acima do Paralelo 16, que engloba as regiões Norte e Nordeste e parte do Centro-Oeste, cresceu 92,6 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 165,3%. Nesse mesmo período, o Brasil registrou uma variação de 119,4 milhões de toneladas produzidas (+110,5%) e 89,3 milhões de toneladas exportadas (+205,7%).
Obras
Nesse sentido foi fundamental a conclusão de obras como a pavimentação da BR-163, que você acompanhou aqui, no Blog da Guep, e que vai do Mato Grosso ao Pará, por exemplo, o que permitiu a redução dos custos de transportes de grãos em até 26%.
Segundo a assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA, Elisangela Pereira Lopes, o crescimento da produção de grãos em novas fronteiras agrícolas foi de 8,4 milhões de toneladas por ano, enquanto que o da exportação foi de 3,2 milhões de toneladas ao ano.
“É como se a cada ano fosse criada a necessidade de implantar um terminal com capacidade de 5 milhões de toneladas para atender o desempenho da produção de soja e milho, cada vez mais recorde dos estados do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins e Bahia”, disse.
Elisangela explicou que algumas iniciativas, como a pavimentação da BR-163 MT/PA, a dragagem do rio Tapajós, a instalação dos Terminais de Uso Privado e a ampliação dos terminais de grãos no porto de Itaqui, no Maranhão, e dos portos de Belém, contribuíram para os avanços expressivos na região.
“Para continuar atendendo essa evolução, a CNA defende intervenções como a implantação da ferrovia Ferrogrão, que vai ligar o porto de Miritituba (PA) ao município de Sinop (MT), do Terminal Portuário de Outeiro (PA) e do derrocamento do Pedral do Lourenço (PA), no Rio Tocantins”, afirmou a assessora técnica.
De acordo com o estudo da Confederação, a produção de soja e milho abaixo do Paralelo 16 (regiões Sul e Sudeste e parte do Centro-Oeste) teve alta de 51,5%, um total de 26,8 milhões de toneladas de 2009 a 2020. Já os embarques pelos portos das regiões Sul e Sudeste aumentaram 149,7%, total de 54,2 milhões de toneladas.
“O crescimento das exportações nesses portos foi resultado de investimentos em ampliação, modernização e equipamentos; novos arrendamentos de terminais de grãos; medidas para melhorar a operacionalização (agendamento de caminhões); dragagem para aumentar profundidade dos canais e acesso aos píeres e melhoria dos acessos terrestres (rodovias e ferrovias)”, destacou a assessora.
Cenário 2020
No ano passado o Brasil produziu 227,4 milhões de toneladas de soja e milho, sendo as regiões acima do Paralelo 16 responsáveis por 148,6 milhões de toneladas ou 65,3% desse total. Já a produção de grãos abaixo do Paralelo 16 foi de 78,8 milhões de toneladas (34,7%), segundo os dados da CNA.
Com relação às exportações, em 2020 o país embarcou cerca de 133 milhões de toneladas de soja e milho. Os portos do Arco Norte responderam por 31,9% ou 42,3 milhões de toneladas desse total e os da região Sul e Sudeste por 68,1% ou 90,4 milhões de toneladas.
Os portos que mais embarcaram grãos em 2020 foram Santos com 42,2 milhões de toneladas (31,8%), Paranaguá/Antonina com 22,5 milhões de toneladas (16,9%) e Rio Grande com 12,1 milhões/ton (9,1%), nas regiões Sul e Sudeste. No Arco Norte foram o Sistema Belém/Guajará com 13,7 milhões/ton (10,3%) e São Luís/Itaqui/PDM com 12,1 milhões/ton (9,1%).
E você, atua no transporte do agronegócio e quer ver o estudo completo da CNA?! Clique aqui para baixar!.
Mapa logístico
A CNA também lançou um mapa que retrata a logística nos corredores internos de exportação de soja e milho em 2020 e traz a infraestrutura utilizada para o escoamento da produção pelos modos de transportes rodoviário, ferroviário e aquaviário.
Além disso, apresenta e compara a movimentação de soja e milho nos portos públicos e terminais privados, alertando para a necessidade de ações que ampliem a oferta de serviços portuários no Brasil.
O mapa contém, ainda, infográficos com informações sobre a matriz de transporte brasileira, a movimentação de produtos pelas ferrovias, o uso dos rios nos transportes de cargas e o potencial de expansão, bem como comparativos entre a infraestrutura brasileira e os principais concorrentes no exterior. “É um verdadeiro atlas da logística do setor agropecuário”, destacou Elisangela.
Clique aqui para acessar o Mapa Logístico da CNA.
por Alex Barbosa | jun 1, 2021 | Embarcador, Logística, Notícias, Transportadora
Você já leu, aqui no Blog da Guep, sobre as mudanças no teor de biodiesel no combustível que é comercializado no Brasil. Também sabe que o biodiesel, que tem uma proposta até positiva, de usar fontes renováveis como óleos de gordura animal ou óleos vegetais, como o de soja, algodão, mamona ou girassol, também contribuiria para a redução de emissões de poluentes e até de gases do efeito estufa.
Mas o biodiesel também em uma série de controvérsias, a ponto de uma série de entidades do setor do transporte terem feito um posicionamento público sobre este assunto: em nota, as instituições CNT, IBP, ANFAVEA, Fenabrave, Fecombustíveis, Sindipeças, BRASILCOM, ABICOM e SindTRR alertaram que a evolução obrigatória do percentual de biodiesel no diesel implicará em maiores custos para o transporte de cargas e de passageiros.
As entidades são contrárias à evolução compulsória (obrigatória) do teor de biodiesel no óleo diesel comercializado no Brasil – atualmente a mistura está em 13%. Subscrevem o documento nove entidades que representam mais de 200 mil transportadoras, empresas produtoras, distribuidoras, importadoras e revendedoras, além de indústrias relacionadas ao consumo de diesel.
Aumento de custos
De acordo com a nota, a evolução prevista do percentual de mistura implicará maiores custos para o transporte de cargas e de passageiros, o que aumentaria os preços de produtos para toda a sociedade. Ainda segundo o posicionamento, essa elevação também poderá provocar danos a máquinas e motores, diminuição da sua vida útil e baixa performance de equipamentos.
O documento informa ainda que, a partir de 2022, entrarão em vigor, no Brasil, novos limites de emissão de poluentes com a adoção de tecnologias veiculares mais modernas (Fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve), com as quais os altos percentuais elevados de biodiesel ainda não foram testados.
“Estudos recentes apontam que teores elevados de biodiesel promovem aumento das emissões de óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono, com impactos negativos que afetam a saúde humana e o meio ambiente, além de elevar o consumo de combustível, gerando ainda mais emissões e custos adicionais que são transferidos a toda a população”, explica a nota.
Clique aqui para ver a íntegra do comunicado das entidades.
Fontes de biodiesel
Além dos óleos de origem vegetal, outras matérias-primas têm ganhado mais espaço no uso das usinas de processamento do biodiesel. A gordura animal, subproduto dos frigoríficos no abate de bovinos, aves e suínos, é ainda a segunda maior fonte, com 16,2% de participação em 2018, segundo a ANP. Naquele ano, foram 860,2 milhões de litros de óleo bruto – o que representou uma alta de 19,3% sobre 2017, além de ser o maior volume entregue nos últimos 10 anos.
E há ainda uma outra fonte, que forma um grupo generalista, chamado de “outros”. Essa categoria reúne as fontes de óleo de palma, amendoim, nabo-forrageiro, girassol, mamona, sésamo, canola, milho e óleo de fritura reciclado. Esse grupo saiu de uma participação de 3,5%, em 2016, para 11,3% em 2017.
por Alex Barbosa | maio 27, 2021 | Embarcador, Logística, Notícias, Transportadora
O relatório de pesquisa realizado anualmente, conhecido como “Sondagem do TRC”, foi divulgado pelo IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas), que tem vinculo com o SETCESP, acompanhado dos efeitos da pandemia do ano de 2020, para todas as transportadores e como tais avaliam o futuro correspondente a 2021.
Grandes, pequenas e medias trasportadoras, com tamanhos, perfis e ramos de cargas foram consultadas, e conforme o direto executivo do IPTC, Fernando Zingler, a pesquisa serve como uma espécie de direcionamento para todo o setor de transporte de cargas, como também acaba medindo a futura atuação das transportadoras durante o ano.
“A Sondagem do TRC pode contribuir sendo um termômetro e um balanço de como o mercado vem se desenhando, para entender como está o desempenho da sua empresa em relação ao setor, para saber as tendências que o TRC visualiza para o ano. A Sondagem serve como um comparativo com as outras empresas, bem como uma fonte de segurança para os transportadores tomarem suas decisões”.
O levantamento consolidou um panorama do ano de 2020, tendo como principais dados a queda de 0,32% no volume transportado em relação ao ano de 2019 e a capacidade ociosa apresentada por 55% das empresas. Apesar de haver o entendimento de que a ociosidade tem relação com a dificuldade na contratação de motoristas apresentada no ano passado, para a economista do IPTC, Raquel Serini, este não é o caso.
“Acredito que a ociosidade da frota mencionada na pesquisa não está diretamente relacionada à falta de motoristas e sim, a diminuição do volume de carga transportada neste período de pandemia de modo geral. O mercado do TRC sofreu o baque do período conturbado que foi 2020, assim como para todos os outros setores. Tivemos redução na movimentação de carga, mesmo sendo considerada uma atividade essencial ao longo da pandemia, o que afetou diretamente o faturamento e consequentemente o lucro”.
Ao tratar de 2021, o estudo apontou que 76% das transportadoras pretendem fazer investimentos em novas tecnologias, ao passo que 96% irão investir em treinamentos para seus colaboradores. Ambos os dados são, para Serini, os enfoques deste ano para o setor de transporte rodoviário de cargas.
“O mercado de transportes percebeu a importância de se reinventar, criar ferramentas alternativas para atendimento remoto, teletrabalho e, assim, diversificá-lo, além de qualificar a mão de obra disponível, pensando na expansão dos negócios. Em contrapartida, apesar de existirem empresas que desejam modernizar seus terminais, isso não reflete a realidade da maioria. Muitas empresas estão enxugando suas estruturas físicas e retomando, ainda que de forma tímida, a contratação de terceiros/agregados na frota também”.
Quais áreas as transportadoras creem que precisam de investimentos urgentes para acontecer o crescimento esperado por 43% das empresas, também foi algo salientado pela sondagem do TRC.
Caso prefira, você pode consultar a pesquisa na íntegra.
por Alex Barbosa | maio 20, 2021 | Embarcador, Logística, Notícias, Transportadora
É esperança de todos os empresários, autônomos e profissionais envolvidos no mercado de transporte que o setor de cargas rodoviárias tenha seu retorno triunfal ainda neste ano.
Bom, algumas companhias do setor divulgaram alguns dados, dentre tais, informaram que 43% das companhias creem que o mercado pode retornar as melhorias habituais ainda no segundo semestre deste ano de 2021, sendo que 14% acreditam em uma retomada no primeiro semestre.
Já 21% das empresas entrevistadas, acreditam na probabilidade de melhoria somente em 2022. E outros 21% acreditam que o mercado poderá se recuperar apenas em alguns anos.
Segundo Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC&Logística, a opinião otimista da maioria reflete expectativas de um recuo da pandemia diante da vacinação no país e de que o cenário que foi registrado a partir de meados do ano passado, quando o setor engatou recuperação após a primeira onda da doença, possa se repetir.
Conforme o levantamento da NTC&Logística, 63% das companhias reportaram queda no volume de carga transportado no mês passado, enquanto apenas 24% registraram aumento e 13% não observaram variação significativa.
Entre os que apuraram perdas, a queda média foi calculada em 24,2%. Já para os que tiveram ganhos no período, o aumento médio foi de 9,9%, informou a associação.
“Essa paralisação frustrou um pouco, mas as empresas ainda estão animadas com relação ao ano… Os empresários acreditam que com a vacinação, e mais o que aconteceu no ano passado, algo que ficou na memória, nós devamos ter um segundo semestre bom”, disse Valdívia.
O presidente da associação, Francisco Pelécio, acrescentou que, embora os números obtidos pela pesquisa estejam “longe do ideal”, reforçam o trabalho que o setor tem realizado. Ele também citou o avanço da vacinação como passo importante para que o segmento obtenha resultados positivos.
Lauro Valdívia destacou ainda que, assim como na primeira onda da Covid-19, os segmentos menos afetados durante o recrudescimento da doença foram os de químicos e alimentícios, que se enquadram em serviços essenciais.
No que diz respeito às cargas fracionadas, os impactos suaves também fizeram parte de sua realidade, por mais que ainda sofram com oscilações de certeza no âmbito de demanda de mercado por conta da vertigem que o mercado vem sofrendo economicamente.
A área de cargas fracionadas também registrou impactos mais brandos, mas ainda sofre com algumas incertezas no front da demanda em meio à turbulência econômica.
“A fracionada, que é uma carga mais geral que atende a todos os segmentos e e-commerce, também não foi muito afetada… Mas tem dias em que explode a quantidade de pedidos, mas chega no dia seguinte e não tem nada. Está oscilando demais o volume de carga”, disse.
Fonte: Portal INTC.
por Alex Barbosa | maio 12, 2021 | Logística, Notícias, Seguros, Transportadora
A Câmara dos Deputados aprovou no dia 6 abril deste ano a versão dada pelo Senado ao projeto de lei 886 de 2021, que possibilita “pagamentos de tarifas de pedágio que guardem maior proporcionalidade com o trecho da via efetivamente utilizado”, segundo o projeto.
Ou seja, trata-se da possibilidade de pagar pela distância rodada na estrada.
Os apoiadores dizem que esse sistema elimina as situações em que se paga o mesmo para andar poucos quilômetros ou grandes distâncias em uma rodovia, dependendo de onde é ocorrida a cobrança.
Por outro lado, a proposta pode fazer com que paguem tarifa, pessoas que costumam rodar por trecho de rodovia concessionada, mas sem praça de pedágio no local.
O mesmo também permite a implementação das cobranças sem a existência das praças de pedágio. Isso é feito através de aparelhos eletrônicos instalados nos veículos. O projeto chama isso de “sistema de livre passagem”.
O texto estipula as regras também para pedágios que venham a ser instalados em vias urbanas.
Os condutores precisarão se adaptar à nova forma de identificação –o que deverá implicar em custos para os motoristas. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) ficará responsável pela regulamentação, se a proposta entrar em vigor.
O prazo para o órgão regulamentar o sistema de livre passagem será de 180 dias a partir da entrada em vigor do texto.
O projeto foi aprovado por 276 votos a 90. Como a proposta já passou pelo Senado, irá a sanção. O relator na Casa foi o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ).
As medidas, porém, são aplicadas apenas para as rodovias concessionadas depois que o texto entrar em vigor.
Nos casos em que não for possível implantar esse sistema de livre passagem, o Contran deverá possibilitar um aditivo de contrato para conceder benefícios tarifários a usuários frequentes dos trechos pedagiados.
Isso seria bancado com descontos em tributos municipais sobre a receita obtida pela empresa com a exploração da rodovia.
O projeto também coloca no Código de Trânsito uma nova infração:
Art. 209-A. Evadir-se da cobrança pelo uso de rodovias e vias urbanas para não efetuar o seu pagamento, ou deixar de efetuá-lo na forma estabelecida:
Infração – grave;
Penalidade – multa.
Hoje há para punir apenas o furo de pedágio, o que pode não perder o objeto nos casos do sistema de livre passagem.
O projeto também estipula que as compensações pelo não pagamento de pedágio pagas às concessionárias não possam ser maiores que o total arrecadado com as multas motivadas pela nova infração tipificada.
Fonte: SETCESP