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Tem uma pergunta que as crianças pequenas – na sua ingenuidade – às vezes fazem aos pais: para onde vai o Sol à noite? No caso das modernas fazendas artificiais, a resposta é um sonoro nunca. Estas são as chamadas fazendas artificiais, fazendas fechadas ou fazendas indoor (dentro de casa, na tradução literal). Neste tipo de cultivo, que pode ser feito em áreas urbanas ou mesmo rurais, e até verticalizadas em edificações com vários andares, são utilizadas lâmpadas que emitem radiação ultravioleta o tempo todo, e às vezes até mesmo com diferentes tipos de iluminação conforme a fase de crescimento da planta, tudo isso para maximizar o resultado e aumentar a produção.

Uma destas empresas, a australiana Luminescent Light Emiting Agricultural Film (Llafle) criou tecnologia para fazendas indoor que dão aos agricultores um ambiente controlado no detalhe com lâmpadas e filtros capazes de aumentar a fotossíntese ou simular mudanças sazonais para a floração da planta. Já o controle de luz na lavoura artificial precisa ser exato, para não perder todo o cultivo, com luz de menos ou a mais. Com o aumento do número de fazendas indoor, o mercado de iluminação agrícola tem crescido, principalmente nos Estados Unidos, com faturamento de mais de US$ 454 milhões, de acordo com a consultoria americana Grand View Research.

Os players da indústria preferem chamar seu setor de “agricultura de ambiente controlado” ou CEA (controlled environment agriculture). Isso contrasta com a agricultura convencional, que tem a vantagem de energia solar e chuva gratuitas, mas que também deve lidar com todas as variáveis ​​associadas ao clima e às limitações determinadas pela geografia, além de, claro, ter uma cultura menos suscetível a pragas por conta do ambiente controlado..

Nos últimos anos, a CEA vem se expandindo em todo o mundo e tendendo a um maior grau de controle das condições de crescimento, incluindo luz, temperatura, umidade, água e concentração de dióxido de carbono. A fertilização nesses sistemas é cada vez mais micro gerenciada em um ambiente livre de solo, como “hidroponia” ou “aeroponia”. Muitas tarefas e controles de processo são automatizados.

As estufas são comumente usadas para produzir folhas verdes, tomates, pimentões e pepinos. Os sistemas agrícolas verticais de mais alta tecnologia estão atualmente focados em verduras e ervas. Mesmo assim, diz-se que o mercado de saladas e verduras embaladas está na faixa de US$ 8,7 bilhões e deve crescer entre US$ 13 bilhões e US$ 25 bilhões nos próximos 5 anos e a CEA provavelmente representará uma participação crescente.

Futuro promissor

A australiana Lleaf começou em 2016, quando os químicos Alexander Soeriyadi e Alexander Falber resolveram “melhorar” a luz do sol e a iluminação artificial das lavouras de cultivo interno e, desde então, vêm desenvolvendo plásticos luminescentes coloridos, na busca por culturas mais sustentáveis, eficientes e saudáveis.

Estudos realizados na Austrália, Estados Unidos, Marrocos, Indonésia e Cingapura indicam que os produtos da Lleaf podem aumentar a produtividade das culturas em até 40%

De olho num futuro promissor para a startup, no início de setembro, a agtech levantou US$ 3,5 milhões, em uma rodada de investimentos liderada pelas empresas dinamarquesas de capital de risco Alfa Ventures e 2 Degrees, com participação da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, e da incubadora Cicada Innovations, também da Austrália.

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