O Brasil foi surpreendido por um revés quando o Governo Federal decidiu suspender em caráter provisório a nova tabela do frete mínimo, publicada na semana passada pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres e que entrara em vigor no sábado, dia 20 de julho.
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciou que solicitou formalmente à agência a suspensão da nova regra após pressão de entidades representativas de caminhoneiros. É que, ao criar novas faixas e categorias de carga, a título de ser mais abrangente, em algumas situações o piso do frete era, em vez disso, menor do que a tabela anterior vigente, criada na gestão de Michel Temer, na esteira dos protestos que paralisaram o país no ano passado.
Protesto
Em função disto, muitas categorias protestaram contra a medida da ANTT, como divulgado no Blog da Guep.
A nova tabela do frete, que consideraria uma série de critérios técnicos, foi criada pela Esalq – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, por encomenda do Ministério da Infraestrutura adotando o que seria, a priori, uma metodologia mais completa.
A expectativa é de que representantes dos motoristas se reúnam com executivos do alto escalão do Governo em Brasília nesta semana para discutir o assunto. Ainda segundo declarações do ministro Freitas, será aberta uma nova rodada de negociação com os caminhoneiros, numa reunião prevista para a próxima quarta-feira, dia 24.
A resolução da ANTT foi publicada pela agência na última quinta-feira, após passar por consulta pública. A nova tabela entrou em vigor no sábado e foi feita a partir de um estudo que visava adequar os preços de diferentes tipos de carga, rotas e veículos, além de considerar fatores de depreciação e que poderiam depender ou não da distância a ser percorrida num determinado frete.