Segundo o estudo First Look realizado pela JLL, a capital paulista e os terrenos localizados até 35km do seu centro seguem com alta procura para locação de galpões logísticos voltados para operações de last mile. O crescimento foi de 75% em relação ao ano passado.
A alta foi impulsionada pelo aquecimento do e-commerce, que atingiu recordes de vendas durante a pandemia, com crescimento de aproximadamente 47%, atingindo o volume de 290 mil m² ocupados.
Para o gerente de Locações Industriais da JLL, Ricardo Hirata, esse mercado deve permanecer aquecido por um bom tempo: “As principais tomadoras dessas áreas são as empresas de e-commerce. Registramos 16 novos empreendimentos deste tipo e a procura por esses espaços é crescente.”, comenta ele.
Vacância segue em queda nos galpões logísticos
O bom momento também teve reflexo na taxa de vacância. O mercado de galpões logísticos seguiu registrando sucessivas quedas no terceiro trimestre de 2020, de acordo com o índice teve redução de 1 ponto percentual em relação ao período anterior e de 2,4 pontos percentuais em comparação com 2019.
A Amazon foi responsável pela tomada de grandes espaços: 114 mil m² em Cajamar e mais 24 mil m² no Rio Grande do Sul, enquanto a Madeira Madeira ocupou mais de 21 mil m² no recém-inaugurado GLP Jundiaí III, que já tem quase 40% do seu espaço locado.
A maioria dos estados brasileiros registrou absorção líquida positiva no trimestre, exceto Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás. O preço médio permaneceu estável, com redução de apenas 11% entre o pedido e o praticado, indicando que as negociações entre proprietários e locatários estão mais acirradas.