A Scania, fabricante de caminhões Scania, parte do grupo Traton da Volkswagen, anunciou no final de julho, que todas as suas dez principais fábricas em todo o mundo agora são alimentadas por eletricidade livre de combustíveis fósseis, meta que havia sido estabelecida para o final deste ano de 2020.
A última planta de produção que eliminou o uso de energia de origem fóssil foi a de Tucumán, na Argentina, que passará a ser abastecida por eletricidade de um parque eólico.
Energias renováveis
Com isso praticamente toda a produção da empresa passa a se basear em fontes de energia renováveis, ou seja, fontes como hidroeletricidade, energia eólica e solar.
Das dez fábricas, três estão localizadas na Suécia e duas na Holanda, sendo uma na Argentina, Brasil, Finlândia, França e Polônia. Juntos, eles consomem anualmente cerca de 450.000 MWh.
A transição para eletricidade livre de fósseis, segundo dados da Scania, corresponde a uma economia anual de 33.000 toneladas de CO2e (carbono equivalente). Em 2019, a Scania produziu 91.700 caminhões, 7.800 ônibus e 10.200 motores industriais e marítimos.
É claro, parte desse sucesso se deveu a um componente que ‘acelerou’ o cumprimento desta meta que foi o impacto econômico da pandemia do coronavírus em toda a produção mundial de veículos, motivo que leva a uma outra novidade, não tão animadora: cortes de pessoal.
Redução nos quadros
Se no lado ambiental a Scania tem boas notícias a divulgar, no front de pessoal, nem tanto. Como falamos acima, o impacto da crise do coronavírus, que derrubou a demanda por novos veículos em todo o mundo, levou a empresa a anunciar, recentemente, uma redução no seu quadro de funcionários.
Essa reestruturação deve resultar no corte de cerca de 5.000 trabalhadores da empresa em todo o mundo. O corte representa 10% da força de trabalho global da Scania e seguiu uma queda de 41% nas entregas de veículos no primeiro semestre de 2020, disse a empresa em um comunicado.
“Olhando para o futuro, a situação da demanda permanece incerta”, disse o presidente-executivo da Scania, Henrik Henriksson, em um comunicado. “Vai demorar muito até que a demanda volte aos níveis anteriores à crise”, acrescentou o executivo.
A cada dia a tecnologia vai se fazendo mais e mais presente em nossas vidas e mexendo com os modelos de negócio em logística. Quando a gente pensa nas entregas de ‘última milha’, a novidade mais recente é que a Agência Nacional de Aviação Civil, mais conhecida como ANAC, concedeu a primeira autorização de testes para entrega de produtos com drones.
Claro, tudo em caráter ainda experimental.
O CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental) foi concedido à Speedbird , uma startup brasileira. Vale ressaltar que é a primeira certificação do tipo emitida pela agência. A autorização é válida até agosto do ano de 2021 e permite testes além da linha de visada visual, que é a distância na qual o operador não precisa ter contato visual para operar o equipamento.
“Dentre as atividades que a sociedade espera para os drones explorarem, o delivery é uma das mais promissoras. Obter o CAVE é uma etapa importante no processo de desenvolvimento do negócio, principalmente por ser de uma empresa brasileira”, diz Roberto Honorato, Superintendente de Aeronavegabilidade da Anac.
Por enquanto…
O drone autorizado para as operações de transporte de carga é o de modelo DLV-1. Seu peso é de, aproximadamente, 9 kg e pode transportar produtos de até 2 kg, com velocidade de 32 km/h. Por enquanto, portanto, estão autorizadas operações somente durante o dia e a uma distância máxima de 2,5 km do ponto de decolagem. A partir disso, a entrega deverá ser feita por um entregador.
A Speedbird já tem um cliente interessado no experimento que é a empresa de comida sob demanda (na falta de definição melhor) iFood, que pode iniciar testes na região de Campinas (interior de SP) ainda neste ano. A empresa irá instalar uma central dentro de um shopping da região para entregar comidas da praça de alimentação, complementadas depois por um entregador físico, um ser humano.
Experimentos no mundo todo
Essa onda de usar drones para entregas não é nova. Há experimentos em andamento no mundo todo, alguns dos quais vamos destacar a seguir. Aliás o Brasil já tem utilizado drones em projetos corporativos para fins de monitoramento. O segmento do agronegócio, aliás, é um dos que mais emprega esse tipo de tecnologia.
Amazon – a gigante do comércio eletrônico tem uma divisão de negócio chamada Prime Air, serviço de entregas com drones para produtos vendidos e que poderiam ser entregues em até 30 minutos. O serviço ainda é experimental e se vale de drones autônomos, guiados por GPS. Essa entregas acontecem em localidades afastadas dos centros urbanos, para evitar acidentes. O serviço ainda não foi lançado em grande escala para os clientes da empresa.
Google – a Wing (“asa”, em inglês) é uma empresa da Holding Alphabet, ligada ao Google e que também está pesquisando entregas via drones. O projeto é feito em parceria com as norte-americanas FedEx, de entregas, e a rede de farmácias Walgreens. Também em fase experimental, o serviço opera em cidades da Virginia, Austrália e Finlândia.
UPS – a gigante norte-americana de entregas UPS também está desenvolvendo uma versão própria de serviço de entregas, mas por enquanto autorizada a atuar apenas em em áreas rurais ou dos subúrbios de grandes cidades. O serviço está sendo desenvolvido em parceria com outra rede de farmácias dos EUA, a CVS.
Integração
Antes dos drones de entregas virarem uma realidade e vermos enxames de veículos autoguiados levando pacotes pelos céus, é importante lembrar que este novo modal aéreo tem limitações de alcance, por conta da sua autonomia limitada. Sabendo disso, há empresas que, pensando na ‘perna final’ da entrega, a chamada última milha, já pensou em veículos que atuam em total integração com essa novidade.
Uma delas é a Mercedes-Benz, que se associou à desenvolvedora de drones Matternet e a loja virtual suíça Siroop (mundo todo mesmo hein?!) no projeto conjunto “Vans e Drones”. Combinando vans da Mercedes que operam como plataformas de pouso móveis e drones como entregadores, a ideia é conseguir fazer a entrega de um produto pedido no mesmo dia. Este conceito único está sendo testado em Zurique para detectar sua eficiência e aceitação pelos clientes. A ideia é que a complementaridade ajude a manter os prazos de entrega mesmo em horários com engarrafamentos durante o dia.
Confira mais no vídeo abaixo
A mesma Mercedes já nos mostrou coisa parecida no passado, como neste carro conceito de 2016, em que a van Mercedes Vision Van future MB Sprinter era um verdadeiro depósito móvel, que faz babar as lojas de e-commerce.
Você também pode lembrar – e conferir – esse conceito no vídeo abaixo.
Mais um avanço importante, concorrente ou parceiro? O que você achou dessa novidade? Compartilhe com seus contatos nas redes sociais!
Drones no agronegócio? Tem sim senhor
Lembra que a gente comentou sobre drones no agronegócio? Então, a GuepTV, nosso braço de conteúdo em vídeo visitou a feira Agrishow no ano passado e conferiu de perto dois modelos de drones voltados ao agro. Confira abaixo os vídeos e saiba mais sobre essas novidades.
A CNT, Confederação Nacional do Transporte, divulgou na última edição do informe Transporte em Movimento, algumas mudanças significativas que o surto do coronavírus proporcionou no setor do transporte. E vamos compartilhar as transformações mais importante com você neste artigo.
O ramo da logística e do transporte em geral, foi extremamente abalado por essa pandemia, e quem acompanhou o blog da Guep durante esses últimos meses sabe muito bem disso. Por esta razão, este setor, bem como vários outros, teve de se adaptar. Felizmente, nem todas essas transformações são necessariamente negativas.
Neste informe, a CNT mostra que as mudanças nos padrões de mobilidade urbana, de cadeias de suprimento globais e de consumo digital vêm contribuindo para consolidar um setor mais desenvolvido e com potencial mais colaborativo.
Na publicação, a entidade destaca que o cenário atual chamou atenção para a necessidade de cadeias de suprimento globais mais ágeis, capazes de responder de forma eficiente às rápidas mudanças. Desta forma, a CNT frisa a importância da digitalização nas transações entre empresas e documentações exigidas por lei, sem aumento da burocracia.
Falando um pouco sobre e-commerce, em função do aumento do número de compras pela internet, as empresas de transporte estão operando em ritmo acelerado. Com isso, para diminuir o impacto do aumento da demanda no tempo de entrega, algumas empresas contrataram ainda mais entregadores e realizaram uma ampliação da corrida pela chamada last mile – que, em uma cadeia logística, é quando a mercadoria chega ao consumidor final.
Segundo o presidente da CNT, Vander Costa, a velocidade dessas transformações foi acelerada pela pandemia, porém, em tempos normais, o ritmo com que as exigências do mercado estão se alterando está cada vez mais intenso. “Este é o momento para aproveitarmos aquilo que foi positivo e garantir que esse ‘novo normal’ seja marcado por um sistema de transporte de qualidade, eficiente e adequado às realidades locais e por uma logística ágil e confiável. Tudo isso se reflete em ganhos para a economia e, consequentemente, para a sociedade”, comenta ele.
A Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), apresentou recentemente a edição 2019/2020 da pesquisa Perfil dos Operadores Logísticos no Brasil.
O estudo foi encomendado pela associação à Fundação Dom Cabral (FDC) e vem sendo realizado desde 2014, detalhando características e tendências do mercado da operação logística.
Uma das primeiras revelações, que não causou surpresa, é que o estudo confirmou o crescimento no faturamento anual e no número de empresas, o que reflete a tendência de amadurecimento e profissionalização deste setor.
Evolução consistente
O levantamento mostra uma evolução consistente no segmento e a pesquisa dos especialistas da Fundação Dom Cabral considerou um conjunto de 275 empresas (contra 269 na edição anterior da pesquisa, de 2018) e revelou uma Receita Operacional Bruta (ROB) estimada em R$ 100,8 bilhões anuais (versus R$ 81,4 bilhões na edição anterior da pesquisa, de 2018) , com faturamento médio projetado de R$ 366 milhões por empresa.
A pesquisa também mostrou que o setor é um forte gerador de postos de trabalho, gerando cerca de 1,5 milhão de trabalhadores contratados diretos e indiretos. O estudo também mostra que o segmento é responsável por uma arrecadação anual de R$ 14,7 bilhões em tributos e R$ 11,5 bilhões em encargos trabalhistas.
Diversidade
Outra constatação do estudo mostra a diversidade de segmentos de atividade econômica que estão sendo atendidos pelos Operadores Logísticos. Entre eles:
Automotivo
Alimentos e bebidas
Eletroeletrônicos
Saúde (humana e animal)
Têxtil
Varejo
Mas há mudanças e uma expansão, com os operadores logísticos passando a atuar em novos segmentos em linha com mudanças na dinâmica de consumo e com o crescimento no comércio eletrônico, com os Operadores Logísticos também passando a atender mercados como:
A ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestres) divulgou no último dia 16, uma nova tabela de frete com valores menores que os anteriores. Trata-se da resolução n º5.899, que define os valores mínimos que devem ser pagos para o transporte rodoviário de cargas do Brasil.
Segundo a ANTT, houve redução em razão da queda do preço do diesel, muito por conta das oscilações de preço. De acordo com a agência, e segundo as regras da tabela, o valor do frete pode ser alterado se houver variações no valor do combustível em intervalos menores que 30 dias.
Com toda a pandemia da Covid-19, que culminou nas políticas de isolamento social por volta do mês de março, a demanda pelo serviço de transportes de cargas teve uma queda brusca, o que fez com que os preços dos combustíveis baixassem.
Um levantamento feito pela ANP, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, aponta que o valor médio do diesel no Brasil está em R$ 3,15. Na semana de 1º a 7 de março, o litro do diesel foi vendido por, em média, R$ 3,66, nos postos do Brasil. Ou seja, o combustível está 14%, em média, mais barato que há quatro meses atrás.
Tabela de frete teve baixa geral
Os valores foram reajustados para baixo em todas as categorias do transporte que envolvam carga lotação e carga lotação de alto desempenho (menor tempo para carga de descarga). E também contratação do veículo, incluindo os de transporte de carga de alto desempenho.
O reajuste já está valendo, e você pode conferir a tabela de frete na íntegra por aqui. A tabela com a próxima revisão deve ser divulgada apenas em janeiro de 2021.
Vale frisar que a margem de lucro do caminhoneiro não entra no cálculo do piso mínimo, bem como custos com pedágios ou despesas de administração, tributos e taxas. Esses itens devem ser negociados diretamente entre os motoristas e os embarcadores na hora de compor o valor total do frete.
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Esta Política foi atualizada pela última vez em 11 de agosto de 2020
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